segunda-feira, 14 de junho de 2010

Balões em festas juninas podem acabar em tragédias



 No período de festas juninas, o Corpo de Bombeiros faz um alerta sobre os riscos de brincadeiras que podem acabar em tragédia. Os incêndios provocados por balões e fogos de artifício causam grandes danos à sociedade e ao meio ambiente.
     Essa época é mais propícia a incêndios, por conta das condições atmosféricas, como a baixa umidade relativa do ar. Como afirma o Relações Públicas do Corpo de Bombeiros de Curitiba, Leonardo Mendes dos Santos, “Normalmente em épocas de verão, que a mata, está um pouco mais hidratada a gente recebe dois a três chamados de incêndios ambientais por dia, já no inverno chegamos a registrar de quinze a vinte casos de incêndios em Curitiba e Região Metropolitana. Portanto, é um grande o aumento, principalmente nos meses de junho e julho, justamente pela condição da vegetação, pois o clima é mais seco e a umidade relativa do ar, mais baixa, facilitando a propagação de qualquer incêndio, por menor que ele seja”.
      Os números de incêndios e queimadas causados pelos balões de festa junina, não são tão altos, porém quando esses acidentes acontecem, a gravidade é grande. Por isso, o clínico geral do hospital Evangélico, Dr. Bruno Correia, orienta, “Os riscos de ocorrerem feridas e queimaduras muito graves, são grandes. Nesse caso, pedimos sempre, que evitem soltar balões em festas”, diz.
      Os dados mostram que a incidência de casos envolvendo balões de festas juninas, tem diminuído muito desde 1998, pois foi nesse ano, que a legislação brasileira considerou punições aos indivíduos que soltassem balões.
      O artigo 42 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98) diz que “fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano, pode levar a pessoa a ser condenada à pena de detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas, cumulativamente”. Além da pena, vale lembrar que os crimes ambientais são inafiançáveis.
       A brincadeira com balões se torna perigosa, pois na base deles, contêm fogos de artifício que podem estourar e ferir seriamente as pessoas.Quando o balão sobe, ele entra em correntes de ar e é levado para locais imprevisíveis, impossíveis de monitorar, podendo atingir residências, florestas, empresas ou veículos.
     Além disso, uma das principais ocorrências de acidentes em festas juninas, é quando ocorre o incêndio e pessoas que não sabem como agir, tentam apagar o fogo. Por conta disso, o tenente Leonardo orienta que as pessoas apenas chamem o Corpo de Bombeiros e fiquem afastadas do incêndio. “Muitas vezes, as pessoas sofrem queimaduras, ao tentar combater um incêndio no qual, não têm conhecimento de como fazê-lo. A principal orientação, nesse caso, é que elas evitem entrar em terrenos baldios, justamente a vegetação desse tipo de terreno tem queima mais rápido, e o fogo pode aumentar consideravelmente, muito rápido”, afirma.
     Os dados apurados pelo Corpo de Bombeiro, mostram que em junho, 20 % dos incêndios são causados por balões. Para diminuir esses índices, o que a população consciente pode fazer, além de não soltar balões, é denunciar pessoas que o fazem. A denúncia pode ser feita pelo telefone (21) 2253-1177 e elas podem ser recompensadas com até R$ 1.000,00. Lembrando que além do Disque-Denúncia, o número 193, do Corpo de Bombeiros, também sempre está à disposição.



Betina Dias.

Musicoterapia muda a rotina e autoestima de idosos

Desde 2003 a musicoterapeuta, Claudimara Zanchetta, teve a ideia de criar um grupo musical no Lar dos Idosos Recanto do Tarumã. O grupo se chama Velhos Guris e já possui um cd gravado com 11 músicas - que vai do samba à MPB. No momento, o conjunto está preparando um novo álbum com previsão de lançamento ainda este ano.
Um dos integrantes do grupo Velhos Guris, Odamir Bartolomeu, fala que a música é um complemento em sua vida, “Eu tenho agora mais um compromisso. Antes agente ficava sem ter o que fazer. Depois de começar ensaiar, brincar, agente se sente mais alegre, mais realizado. Foi uma grande coisa que aconteceu na vida da gente!”
A musicoterapeuta acredita que a entrada dos idosos nas atividades musicais tornou-os mais falantes. Ela percebeu uma melhora não apenas na comunicação verbal, mas também, na comunicação corporal e gestual deles.
O Lar dos Idosos Recanto do Tarumã recebe visitas de 2ª à 6ª das 8h às 16h. Segue abaixo o telefone e endereço para contato com o grupo Velhos Guris.

Lar dos Idosos Recanto do Tarumã
Rua Konrad Adenauer 540, Tarumã.
Telefone: 3266-3813

Gustavo Krelling.

Alunos da UFPR fazem montagem de ópera experimental


Pela primeira vez um curso promove uma ópera, trata-se de uma ópera do século XVII (período barroco em Veneza) de Francesco Cavalli, La Didone, que conta a história mitológica grega de Dido e Enéias. Que será produzido pelo curso de artes da Universidade Federal do Paraná. O curso será encarregado da cenografia e indumentária. A ópera estréia no dia 29 de junho no próprio campus da Universidade, no Batel.
A coordenadora da ópera, Silvana Scarinci tem como expectativa que “todos tenham um grande crescimento musical e artístico. Que o Deartes (Departamento de Artes da UFPR) compartilhe de uma experiência coletiva na produção de um espetáculo que envolve muitas forças”.
A aluna do curso Caroline Caregnato e cantora de ópera conta o quanto está sendo importante participar do projeto. “La Didone está sendo, especialmente pra mim, uma grande novidade, porque, a menos que o cantor se dedique à música antiga, nós cantores dificilmente fazemos repertório de ópera tão antiga quanto essa”. Ela acredita que é uma grande experiência de aprendizagem para todo mundo que está participando do projeto. “Os alunos da graduação, que estão cantando no coro e fazendo alguns solos, estão vendo na prática aquelas coisas que estudam nas aulas de história da música”, afirma a aluna.
A ópera tem as personagens de Dido e Enéias pertencem à lenda histórica sobre a queda de Tróia e a criação de Cartago e Roma. Segundo a lenda, a viúva Dido funda o reino de Cartago por volta do século VIII AC. Com a prosperidade do novo império, Iarba, soberano da vizinha Getúlia, pede a mão de Dido em casamento, ameaçando destruir Cartago se fosse rejeitado. Para não romper os votos de castidade feitos após a morte de seu marido e por lealdade ao povo cartageno, Dido opta pelo nobre suicídio e joga-se às chamas de uma pira funerária. Na lenda histórica, Enéias e Dido nunca se encontraram, e Dido se suicida muito antes da passagem de Enéias por Cartago. Enéias velejará em direção à Itália, tornando-se então o célebre fundador de Roma.
Além de ser uma grande experiência para os alunos, será também uma oportunidade para a comunidade, que poderá assistir a peça gratuitamente. Silvana acredita que será bastante importante a ópera ser aberta a comunidade pois a arte tem uma função social muito grande. “O contato mais profundo com música, artes visuais e teatro contribui para humanizar as pessoas, hoje tão absorvidas por um mundo rápido e competitivo, no qual atividades deste tipo perdem cada vez mais espaço. Trazer um pouco deste universo à comunidade pode contribuir para frear um pouco o ritmo alucinante que consome a todos e distancia as pessoas de si mesmas”, afirma a coordenadora do projeto.
Katherine Dalçoquio da Silva
Serviço
A ópera estreia no próximo dia 29 de junho, às 18h30 e terá apresentação também no dia 30 no mesmo horário.
A entrada é gratuita e ocorre na Rua Cel. Dulcídio, 638, Batel.
Acima esboço do figurino do personagem da ópera Dido, feito por Gustavo Krelling, um dos alunos do curso.