No período de festas juninas, o Corpo de Bombeiros faz um alerta sobre os riscos de brincadeiras que podem acabar em tragédia. Os incêndios provocados por balões e fogos de artifício causam grandes danos à sociedade e ao meio ambiente.
Essa época é mais propícia a incêndios, por conta das condições atmosféricas, como a baixa umidade relativa do ar. Como afirma o Relações Públicas do Corpo de Bombeiros de Curitiba, Leonardo Mendes dos Santos, “Normalmente em épocas de verão, que a mata, está um pouco mais hidratada a gente recebe dois a três chamados de incêndios ambientais por dia, já no inverno chegamos a registrar de quinze a vinte casos de incêndios em Curitiba e Região Metropolitana. Portanto, é um grande o aumento, principalmente nos meses de junho e julho, justamente pela condição da vegetação, pois o clima é mais seco e a umidade relativa do ar, mais baixa, facilitando a propagação de qualquer incêndio, por menor que ele seja”.
Os números de incêndios e queimadas causados pelos balões de festa junina, não são tão altos, porém quando esses acidentes acontecem, a gravidade é grande. Por isso, o clínico geral do hospital Evangélico, Dr. Bruno Correia, orienta, “Os riscos de ocorrerem feridas e queimaduras muito graves, são grandes. Nesse caso, pedimos sempre, que evitem soltar balões em festas”, diz.
Os dados mostram que a incidência de casos envolvendo balões de festas juninas, tem diminuído muito desde 1998, pois foi nesse ano, que a legislação brasileira considerou punições aos indivíduos que soltassem balões.
O artigo 42 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98) diz que “fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano, pode levar a pessoa a ser condenada à pena de detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas, cumulativamente”. Além da pena, vale lembrar que os crimes ambientais são inafiançáveis.
A brincadeira com balões se torna perigosa, pois na base deles, contêm fogos de artifício que podem estourar e ferir seriamente as pessoas.Quando o balão sobe, ele entra em correntes de ar e é levado para locais imprevisíveis, impossíveis de monitorar, podendo atingir residências, florestas, empresas ou veículos.
Além disso, uma das principais ocorrências de acidentes em festas juninas, é quando ocorre o incêndio e pessoas que não sabem como agir, tentam apagar o fogo. Por conta disso, o tenente Leonardo orienta que as pessoas apenas chamem o Corpo de Bombeiros e fiquem afastadas do incêndio. “Muitas vezes, as pessoas sofrem queimaduras, ao tentar combater um incêndio no qual, não têm conhecimento de como fazê-lo. A principal orientação, nesse caso, é que elas evitem entrar em terrenos baldios, justamente a vegetação desse tipo de terreno tem queima mais rápido, e o fogo pode aumentar consideravelmente, muito rápido”, afirma.
Os dados apurados pelo Corpo de Bombeiro, mostram que em junho, 20 % dos incêndios são causados por balões. Para diminuir esses índices, o que a população consciente pode fazer, além de não soltar balões, é denunciar pessoas que o fazem. A denúncia pode ser feita pelo telefone (21) 2253-1177 e elas podem ser recompensadas com até R$ 1.000,00. Lembrando que além do Disque-Denúncia, o número 193, do Corpo de Bombeiros, também sempre está à disposição.
Betina Dias.